Breve síntese do livro resumido de ZilahiSoft - [História da Música-1998].
Compêndio da História da Música
Antiguidade
Primórdios da História da Música Ocidental
Primeiras influencias;
Grécia
Considerando como parte da ciência, a música tinha uma certa correlação com a dança e poesia, sendo utilizada apenas como deleite, prazer espiritual, enfim interesses mútuos mas dependendo dos casos privado ou geral, sendo influenciadas por outras culturas como por ex. Asia Menor, Trácia etc...
Vale lembrar que no aspecto educacional, filosófico e teórico a Grécia tem uma importância impar, criando escolas e até leis para a qual, tendo um sistema musical denominado Teleion composto por 15 notas e que por si próprias tinham um modo de se seguir, decorrer.
Com o surgimento do Cristianismo a musica vocal inicialmente fora utilizada em catacumbas no séc. 313 aproximadamente e tendo várias influencias graças as conquistas do Império Romano, e nesse decorrer da história da musica no ocidente tivemos os Salmos Judaicos e Cantos Gregos alem de outras manifestações noutros povos Cristianizados, servindo como uma base primitiva para o canto da Igreja Católica, que após isso fora denominado Canto Gregoriano, Cantochão ou Canto Plano ( Cantos Planus ) que por fim utilizada como base da Polifonia.
A Craviola é um instrumento que nós Brasileiros podemos ter orgulho, orgulho pelo fato de ter sido projetada nas mãos de um Brasileiro que se chama Paulinho Nogueira, normalmente 12 cordas, oque temos a variante de 6cordas,(acústica ou elétrica), e ainda a opção Nylon ou Aço, fabricada em massa pela Gianini.
Com o formato aproximado de um Violão, mas com sonoridade distinta, ou seja temos presente um som de Cravo com uma Viola, oque se deu o próprio nome.
Cravo - Viola (Cra+Viola) = Craviola.
Temos aqui o relato do próprio criador;
Quando o Musico fala de sua invenção: "Eu mesmo antes de tocar violão já gostava muito de desenhar. Eu fazia muito desenho com crayon. Eu cheguei até a ganhar um prêmio no Salão da Primavera em Campinas, de tanto que eu gostava de pintar. Então, depois que eu tomei outro rumo e passei a ser músico, violonista, me deu uma idéia de fazer um violão que fosse desenhado por mim. Eu fiz alguns desenhos e como era muito amigo do Giannini ,o fabricante de violão, levei pra ele que achou a idéia ótima. Escolheram um modelo e me fez assinar um contrato como inventor, eu até achava graça pois tinha virado inventor agora. Então, para resumir a história, a craviola foi exportada para os Estados Unidos, Canadá e Inglaterra. Foi um negócio que na época, já faz um tempão, me deu muita satisfação. É um violão com uma forma diferente." Jimmy Page utiliza nos interlúdios em que canta "Stairway to heaven" entre outros instrumentos, uma craviola.
E aqui por fim temos dois videos deste instrumento que como todos os outros tem seu valor impar na musica:
As origens do violão não são claras, pois existem
diversas hipóteses. As teorias mais aceitas entre os violonistas atualmente são
duas, que foram estudadas e formuladas por Emilio Pujol :
1ª hipótese - o violão seria derivado do antigo alaúde árabe
que foi levado para a península Ibérica através das invasões muçulmanas, sob o
comando de Tariz.
2ª hipótese - Ao mesmo tempo, o violão seria derivado da
chamada “Kithara grega”,
que com o domínio do Império Romano passou a se
chamar “Cítara romana”, era também denominada de “Fidícula”.
Uma das hipóteses também que são defendidas pelos violonistas Flamencos é de que ele veio
pelos emigrantes árabes, e com o tempo a 6 corda foi adicionada no mesmo Pais e
se espalhou para todo o continente.
Sem sombra de dúvidas uma longa história que
começou a ser descoberta há quase dois mil anos antes de cristo. Na antiga
Babilônia arqueologistas encontraram placas de barro com figuras seminuas
tocando instrumentos musicais, muitos deles similares ao violão atual
.
E sem dúvida hoje é o instrumento mais difundido no mundo.
No inicio do
séc 20 foi desenvolvido o violão elétrico – um violao acoplado a um microfone
com o objetivo de faze-lo soar mais
forte. Depois da Segunda Guerra Mundial, a tentativa de aplicar técnicas
avançadas de engenharia ao principio do violao elétrico fez surgir a Guitarra,
nos Eua, mas essa já é outra historia...
Concerteza é um importante acontecimento em nosso "Brazil sem Porteira".
Acontecimento que não deve ser nunca esquecido, pois nossa cultura é muito riquissima, e a cada ano pessoas e mais pessoas não conseguem compreender o quão a nossa: Música, festividades,crenças,ritmos,etc, é importante.
Deveriamos ter orgulho de nossas Raizes, que felizmente so os verdadeiros brasileiros entendem e sentem, nossa terra, nosso orgulho.
Se nós não sentimos e nem sabemos de nosso Pais, como que você pode se chamar de brasileiro, sem querer criticar e nem ofender, como se diz 'Gosto é Gosto , cada um tem o seu ", não é isso que todos dizem, em meu ponto de vista pelo menos deveriamos saber um pouco do pais onde nascemos.
Deveriamos saber diferenciar Cultura Americana, de Cultura Brasileira mas isto é so um exemplo.
Agora Fica ai uma matéria do site Cidades Paulistas, onde tem muitos esclarecimentos sobre a Folia de reis:
O QUE É A FOLIA DE REIS
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A
Folia de Santos Reis, Reisado, Companhia de Reis (muitos não gostam do
termo "Folia" por não se tratar de uma brincadeira, mas de um trabalho
sério, de fé e devoção) ou simplesmente Folia de Reis, são cortejos de
caráter religioso que se realizam em vários estados do Brasil. Ocorre
entre o Natal, 25 de dezembro, e a Festa de Reis, 6 de janeiro.
A Folia de Reis é
um auto popular, um teatro do povo. É religioso, sagrado e ao mesmo
tempo folclórico: conta a história oficial da Igreja Católica à luz da
cultura popular tradicional. Por isso é tão rico e cheio de nuances. Trata-se da manifestação popular mais difundida do Brasil e rica em ritos e crenças próprias.
A Folia de Reis
representa a história da viagem dos três Reis Magos à gruta de Belém.
Reproduzindo de forma simbólica essa procissão, os grupos vão de casa em
casa adorar o Menino Deus no presépio ou lapinha.
A
possibilidade de improvisação individual, permite a recriação
constante do ritual e quando estas criações individuais são aceitas
pelo coletivo passam a ser incorporadas ao repertório das tradições
desta comunidade, deste coletivo. Por isso, cada folia tem sua tradição
de acordo com a região, os ensinamentos que são passados de geração em
geração ou mesmo da forma de entendimento do mestre ou embaixador, a
pessoa que lidera a folia. Ver Personagens.
ORIGEM
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A
Folia de Reis chegou ao Brasil com os portugueses, na era colonial.
Aqui, espalhou-se por todas as regiões brasileiras, tanto nos pequenos
povoados, como nas grandes cidades.
Câmara Cascudo
("Dicionário do Folclore Brasileiro") diz que no século XVI "inicia-se a
dramatização com canto e dança, recebendo contribuição dos cantos
populares e a produção literária anônima em louvação ao Divino Natal”.
A maioria dos estudos
atribui origem Européia às folias, talvez relacionadas às “Jornadas de
Pastorinhas”, meninas-moças que no período litúrgico do Natal
percorriam as casas pedindo esmolas com finalidade assistências, usando
a música como pedido e agradecimento.
As “Companhias de
Reis” eram inicialmente um revisão camponesa do que as pastorinhas
faziam nas cidades, que mudou com o tempo acrescendo ritos que são
mantidos até hoje. As letras alteraram-se, mas as melodias são as
mesmas, fazendo parte do cancioneiro religioso do catolicismo ibérico.
CARACTERÍSTICAS
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As
folias de reis são compostas por um número variado de participantes ou
foliões. Podem aparecer vestindo uniformes, mas de forma geral, vestem
roupas comuns, portando ou não uma echarpe branca em volta do pescoço,
símbolo da pureza do Menino Jesus, de Maria e dos próprios foliões.
Caminham de casa
em casa cantando e portando instrumentos como caixa, viola, violão,
cavaquinho, rebeca, bandolim e sanfona variando sempre de região para
região. As violas e os violões são enfeitados com fitas coloridas que
podem carregar um simbolismo: as amarelas, cor-de-rosa e azuis podem
simbolizar a Virgem Maria, sendo também que a cor-de-rosa tem por
significado os doze apóstolos de Cristo. A fita branca representa o
Divino Espírito Santo.
Os cantos são de "chegada", onde o líder ou embaixador pede permissão ao dono da casa para entrar, "saudação" à lapinha e "despedida",
onde a Folia agradece as doações, a acolhida e se despede. O canto é
tirado em solo pelo folião-mestre. Os outros foliões respondem em coro,
inserindo a "requinta", um agudo bem prolongado. Em
algumas regiões as canções de Reis são por vezes ininteligíveis, dado a
sensação de um "caos sonoro" bem típico.
As danças são parte das folias e feitas normalmente pelos bastiões, palhaços ou alferes e podem ser diversas, conforme a região, como a dança-da-jaca, balanceado, cateretê, do meio dia e outras.
À frente do grupo caminha o bandeireiro ou bandeireira, pessoa responsável por carregar o símbolo que representa a folia: a sua bandeira. A bandeira possui várias configurações diferentes apresentando aspectos da folia que representa.
Feita normalmente
de tecido, é enfeitada com flores de plástico ou de papel e fitas
coloridas, sempre costuradas e nunca amarradas com nó cego ou alfinetes
para, segundo a crença, não “amarrar” a Companhia ou atrapalhar sua
jornada. Em algumas folias, as bandeireiras fazem uma revisão
criteriosa nos enfeites para retirar aqueles que “amarram” a bandeira.
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No corpo da bandeira
são retratados temas variados, sendo os mais correntes a imagem dos
Reis Magos ou da Sagrada Família. A bandeira se enfeita mais quando
populares prendem nela os ex-votos como fotos, fitas ou pequenos
objetos. Estes ex-votos a acompanham por toda a sua jornada ou
peregrinação da folia e, ao término desta, são retirados e jogados em
água corrente ou levados até o Santuário de Aparecida,
na Região do Vale do Paraíba, Estado de São Paulo. Por tradição, não
se pode jogar esses ex-votos em água parada, queimá-los ou guardá-los na
casa dos foliões. Os adereços são sinal de devoção ou de cumprimento de promessa.
Sobre sua origem,
é corrente a história de que, em agradecimento à visita ao Menino
Jesus, os Santos Reis receberam de presente da Virgem Maria, um manto.
Quando se afastaram, já na viagem de retorno ao Oriente, abriram o
manto e viram nele a cena da visitação bordada, com os Santos Reis, a
Sagrada Família, os animais e os pastores. Então, fizeram do manto uma
bandeira e formaram a primeira Companhia de Reis, anunciando ao mundo o
nascimento de Jesus.
RITUAL
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As folias levam suas preces cantadas
às casas dos foliões, porém sua função é precatória, ou seja, angariar
fundos para a festa de 6 de janeiro, ou dia de Santo Reis.
Recebida a esmola, os
foliões agradecem de formas variadas, podendo ser com danças e versos
aos donos da casa. Geralmente, os donos da casa oferecem "pinga" da
boa, café com biscoito ou até jantar.
A extensa seqüência
ritual seguida pelos foliões consiste, basicamente, numa cantoria guiada
pelo embaixador, na qual os foliões cantam diante do dono da casa
pedindo licença para adentrar ou pousar. Entregam a bandeira com a
imagem da Sagrada Família para os anfitriões que os recebe em sua casa.
Cumprem promessas, cantam pedindo bênçãos aos moradores, pedem
ofertas, agradecem os bens ofertados, pedem licença para se retirar da
casa e, então, se preparam para a partida, podendo haver festa e bailes
de encerramento e rito da entrega da doutrina.
PERSONAGENS
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Respeitando as variações de cada lugar, podemos afirmar que, em linhas gerais, cada personagem envolvida no ritual da Folia de Reis exerce uma função.
Ao mestre ou embaixador, conhecido também por folião-guia, folião-mestre, capitão, gerente ou chefe, cabe a função de organizar e manter a coesão do grupo além de ser a voz que inicia as cantorias. É o posto mais alto da hierarquia dentro da Companhia e conhecedor dos fundamentos da folia, responsável pela transmissão dos saberes referentes à origem do grupo. Espera-se dele que conheça as tradições e toadas de Folias de Reis, pois há situações curiosas que exigem um conhecimento específico, como conta o senhor José Coppi, embaixador da Companhia de Sorocaba. Ele conta que houve situações em que a energia ambiental de uma casa era tão negativa que os instrumentos musicais da Folia se desafinavam sozinhos. Quando saiam daquele local os instrumentos voltavam à afinação. A Companhia conseguiu continuar graças aos conhecimentos do embaixador, que cantou uma toada especial para “quebrar” a sintonia daquele negativismo.
Os músicos, cantadores ou foliões são dividido por vozes, como quinta, contra-tala, tala, requinta. Especialistas em seus instrumentos procuram o aperfeiçoamento constante. Em coro, fazem as vozes da cantoria, compondo a toada característica da Companhia. Em outras regiões brasileiras é comum nas Folias a presença de pessoas caracterizadas de Reis Magos como personagens do grupo.
O bandeireiro ou bandeireira é a figura que, à frente da Companhia, conduz o símbolo que legitima o grupo, a bandeira. Sua função é cuidar da bandeira, contando com a proteção dos bastiões.
O festeiro, por sua vez, é a pessoa que se oferece e é escolhida para preparar a festa da chegada da bandeira.
O apontador de prendas anota todas as ofertas recebidas em um caderno.
Porém, o personagem mais curioso e mais intrigante é o “palhaço”, também conhecido como Bastião - corruptela de bastão que carregam e com eles, fazem malabarismos. Pai Juão, Catrina, Mocorongo, Malungo, Alferes, Mateus, Morengo, Pastorinhos são outros dos nomes que estes tão característicos foliões recebem pelo Brasil a fora. Vestidos com roupas coloridas usam máscaras feitas de vários materiais. (ver box: O bastião: guerreiro, palhaço e protetor)
O bastião: guerreiro, palhaço e protetor
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Os Palhaços são os personagens mais curiosos das Folias de Reis. Sempre mascarados e vestidos com roupas coloridas, seguram em suas mãos a espada ou facão de madeira, com os quais defendem a bandeira. Se houver um encontro de bandeiras o Bastião deve defendê-la, cruzando sua espada com outros Bastiões sem dó! É o Bastião quem recolhe as ofertas, anuncia a chegada da bandeira nas casas, pergunta se o dono da casa aceita a visita, descobre as ofertas escondidas, “quebra os atrapalhos”, utilizando de gestos ou cerimoniais feitos por quem conhece a tradição.
O Cruzeiro de Flores é uma destas tradições muito antigas e que são utilizadas para testar o conhecimento dos Bastões: trata-se de uma cruz montada no chão com flores, em frente à porta de entrada da casa do visitado. Ao deparar com o Cruzeiro, o Bastião, e muitos acreditam que somente ele, deve recitar “profecias”, ou versos secretos.
O cruzeiro é formado por quatro braços. Para cada um deles o Bastião deve recitar uma “profecia” decorada e tradicional. Conforme encerra uma profecia, o Bastião desmancha um dos braços do cruzeiro com a ponta do seu facão, até desfazê-lo ao todo. Somente depois disso é que a Companhia pode adentrar no recinto e cantar as toadas. Ao contrário das toadas cantadas pelo embaixador, que são de improviso, as “palavras” ou “profecias” ditas pelo Bastião são decoradas.
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Há muitas histórias que explicam o surgimento desses personagens. A mais comum é a que eram espias de Herodes que seguiram os Reis Magos para encontrar o Menino Jesus e matá-lo. Porém, ao encontrarem o Menino acabaram se convertendo. Com receio de serem mortos por Herodes, vestiam máscaras e viajavam com os Santos Reis. Iam à frente, fazendo graça e micagens para que Herodes não desconfiasse que eram seus próprios soldados.
Suas máscaras de papel ou couro imitam barbas e a postura de seus corpos invoca sentimentos inusitados, chamando nossa atenção. Na origem, as máscaras são para esconder seus rostos, para que Herodes não os reconhecessem como seus soldados, já que se converteram e tornaram-se protetores do Menino Jesus.
Trata-se de um personagem cômico, que pede as ofertas. É comum no meio rural, fazer o bastião “sofrer” antes de obter uma oferta. Às vezes o dono da casa se esconde e depois o surpreende, trava lutas corporais e agarramento sem nenhuma agressão física. Se o Bastião se sair bem, leva sua recompensa e recebe a oferta. Em outros locais solta-se um porco ensebado para que o Bastião o pegue. Esconder ofertas para que o Bastião procure e encontre é uma prática comum.
É de responsabilidade do Bastião, ainda, não permitir que lhe roubem a máscara ou a espada, afim de que a bandeira não fique “presa”. Para desprender a bandeira, o Bastião (ou o embaixador) deve dizer umas “palavras secretas”. Dizendo-as, a bandeira estará livre para prosseguir sua jornada.
Portanto além de curiosos, são intrigantes, sagrados e guerreiros, responsáveis pela proteção da bandeira e da folia.
Fica ai para mais entendimento do assunto alguns videos :
Enfim chegamos a conclusão que é impossivel falar de nosso Pais de nossa cultura sem nos referirmos a nossa Miscigenação, dentre tantas culturas as que mais se destacam como principais para origem da mesma são a cultura Portuguesa, Indigena ea Africana, enfim muito tem que se estudar quando o assunto é Brasil.
Nesta primeira abordagem quero esclarecer, que os instrumentos que apresentarei, são só por curiosidades.
Para quem toca algum instrumento de corda, ficará maravilhado pelo tanto de variedades que existem, e também por outros tantos instrumentos que não são tão prestigiados na atualidade, mas que tiveram seu apogeu em outras séculos e décadas.
Alaude
O Alaúde é um instrumento musical da família dos cordofones e de cordas Pulsadas ( ou feridas com dedeira, plectro ou palheta). Este instrumento é de corda palhetada ou dedilhada, como já apontei anteriormente, com braço trastejado e com a sua característica caixa em forma de meia pêra ou gota.
A origem das palavras alaúde e oud possivelmente remontam da palavra árabe al'ud, "a madeira"; alguns investigadores sugerem também que seja uma simplificação da palavra persa rud, que significa corda, instrumento de cordas ou alaúde. Sitar é um tipo de alaúde de braço longo originário da Índia.
Diz a tradição oral que o alaúde foi criado por um descendente de Caim, figura bíblica, filho de Adão.
Aludista
Aqui estou disponibilizando videos em que este instrumento tão lindo, esta sendo executado :
"O Alaude ou oud ou Ud , com certeza é um instrumento muito belo e que aos poucos está voltando a ativa.
A culpa pelo Ud ter desaparecido, se remete muito pelos próprios Aludistas, talves pelo surgimento de variados instrumentos, ou até mesmo pelas condições em que o Ud se encontrava, pois chegou a ter 23 cordas, ademais pela dificuldade em ser executado foi oque fez com que ele caisse no exilio." Gean César.
As origens do alaúde não são concretas. Vários tipos de alaúdes eram
usados nas antigas civilizações Egípcia, Hitita, Grega, Romana, Búlgara,
Gandaresa, Turca, Chinesa e Arménia/Siliciana. O alaúde atingiu a sua
forma familiar, no início do século VII, na Pérsia, Arménia, Bizâncio e
no mundo Árabe.
No início do século VI, os Búlgaros trouxeram uma variedade de braço curto de um instrumento, kobuz, para os Balcãs. Por outro lado, os Mouros trouxeram para a Península Ibérica, no século IX,. Antes disto, a quitra/pandura, uma espécie de citerna, ter-se-ia tornado comum no mediterrâneo. Contudo, este instrumento (pandura) não se extinguiu, apenas evoluiu para instrumentos como a citerna, guitarra portuguesa, chitarra italiana, guitarra barroca, vihuela, chitarrão, bouzouki, laouto, entre outros, na Europa. Na Algéria e Marrocos, a quitra sobrevive como o instrumento kuitra.
Por volta de 1500, na Península Ibérica, a viuhela da mano, uma espécie guitarra em forma de viola da gamba e antepassado da vihuela,
apenas dedilhada, foi adaptada pelos lutenistas, embora o alaúde se
tenha mantido a par da existência e popularização desta. Este
instrumento acabou também por encontrar o seu caminho rumo a Itália, em zonas que estiveram sobre o domínio de Espanha, especialmente na Sicília e nos estados papais na altura do papa Alexandre VI, que trouxe muitos músicos catalãs para Itália, onde se tornou conhecida como viola da mano.
O ponto de transferência do alaúde entre a Europa Cristã e os Mouros deverá ter sido a Sicília,
que deverá ter sido trazido pelos músicos Bizantinos ou,
posteriormente, pelos Saracenos. Havia músicos na corte,
lutenistas-cantores, em Palermo, que seguiam a conquista cristã da ilha,
o que fez com que o alaúde fosse extensivamente reprecentado nas
pinturas do tecto da Cappella Palatina,
dedicado ao rei normando Rogério II, em 1140. No século XIV, o alaúde
teria já se expandido para fora da Itália. Provalvemente devido à
influência cultural dos reis e imperador Hohenstaufen, radicados em
Palermo, o alaúde teve uma impressionante difusão nos países de língua
germânica no século XIV.
Os alaúdes medievais eram de instrumentos de 4 a 5 cordas e usava-se uma pena para palhetar. Havia em vários tamanhos, e no final do Renascimento, havia sete tipos de tamanho (até com grandes cordas-baixo) documentados. A sua função principal, na Idade Média,
era a de acompanhamento a canções e cantigas, embora até 1500 exista
muito pouca música encontrada que seja directamente atribuída a este
instrumento. Provalvemente, a grande parte dos acompanhamentos da Idade Média e Pré-Renascimento eram improvisados, visto a lacuna de registos escritos com este fim.
Nas últimas décadas do século XV, de modo a poder executar a polifonia renascentista
num único instrumento, os lutenistas gradualmente abandonam o palhetar
pelo uso dos dedos. O número de cordas cresceu de 6 para cima. No século
XVI, o alaúde torna-se o grande instrumento solo, embora se tenha
mantido no acompanhamento de canções.
No final do Renascimento o número de cordas cresceu para 10 e duranto o Barroco
prosseguiu o seu acrescento de cordas para 14, chegando até às 19.
Estes intrumentos, devido ao facto de muitas vezes terem mais de 30
cordas (tomando as duplas como 2 cordas), precisaram que se alterasse a
sua estrutura, inovando-a. No final da sua evolução, o alaúde-harpa e a tiorba tinham grandes extensões de braço anexas ao cravelhame
para acrescentar um grande comprimento de ressonância para cordas
graves, e visto que os dedos da mão esquerda não têm extensão suficiente
para ir além das 14 cordas, as cordas graves eram colocadas fora da
parte trastejada, eram tocadas abertas.
Durante o percurso do alaúde na era barroca, começou a ser progressivamente não-usado no acompanhamento do continuo e superado pelo uso de intrumentos de tecla.
O alaúde caiu em desuso depois de 1800 na Europa ocidental, mas
diversos tipos de alaúde sobrevivem em tradições musicais do sudeste
europeu, norte da África e Oriente Médio.
Mas o revivalismo do alaúde surgiu por volta de 1900, com um crescente interesse na música histórica, possivelmente ligado ao Romantismo; No século XX e até aos nossos dias, com o movimento de música antiga, este revivalismo cresceu exponencialmente. O alemão Michael Rhein (In Extremo) toca várias vezes o alaúde em suas músicas.